Território de muitas tradições, o Fundão é rico em costumes e abonado em locais deslumbrantes. Em plena Cova da Beira, região do pêssego e da cereja, a cidade de Fundão destaca-se por outras causas, e a arte urbana passou a ser uma delas.
Para quem pensa que no interior de Portugal só existem planícies ou serras, rebanhos e pouca gente, engana-se redondamente. As nossas cidades do interior estão cada vez mais ricas em arte e cultura, sendo que este tipo de produção é uma ótima atração turística e por consequente poderá tornar-se um motor para o aumento económico da cidade e da região.
A arte citadina tem vindo a ganhar vida no interior do território português, nomeadamente na Covilhã e em Viseu. Mas o Fundão não fica atrás destas cidades. Com algumas obras de grande envergadura, iremos apresentar-lhe estas maravilhas de artistas. Após ter sido posto em marcha o CALE – Festival de Rua do Fundão, com a produção da equipa do WOOL, a cidade viu nascer focos distintos de talento português e estrangeiro.
Após as intervenções artísticas do português Pantónio (2013) e da polaca Nespoon (2014), em 2015 foi a vez da artista Milu Correch deixar a sua marca na cidade.
Mas este ano (2016), o município já contou com outra intervenção do português Bordalo II. Este último trabalho é especial, isto porque o artista recorre a resíduos (lixo), que depois pinta e molda, fazendo desta forma criticas ao mundo social em que vive e ao mesmo tempo recicla materiais.
Para além da arte urbana esta cidade ainda lhe vai dar a conhecer o melhor das gentes beirãs, bem como os seus produtos endógenos, como é o caso da tão apreciada cereja.