Uma marca de viagens internacional, a Travel + Leisure, distinguiu o Vale do Côa como uma região que está a transformar as experiências na natureza.
Segundo o artigo “por mais de 22.000 anos, os seres humanos têm ocupado esta terra- a arte rupestre do Paleolítico são a prova. Mas nas últimas décadas, os locais históricos foram abandonados, com as pessoas a migrarem para áreas mais metropolitanas”. No Vale do Côa conhecem-se mais de mil rochas com manifestações rupestres, em mais de 70 sítios diferentes, com predomínio das gravuras paleolíticas.
Com o êxodo rural abriu-se espaço para a reflorestação e para o regresso de muitas espécies, tais como, as águias cobreiras, o gado selvagem, cavalos e “com o tempo os lobos ibéricos podem retornar também. Do outro lado da fronteira, em Espanha, há passeios de observação de lobo em curso” declara o artigo.
Mas enquanto isso não é possível, os apaixonados pela natureza podem sempre aproveitar a Reserva da Faia Brava. Este pedaço de terra no leste de Portugal, renovou a filosofia ambiental, de forma a restaurar antigos habitats. Esta reserva engloba um dos núcleos nacionais mais importantes de aves rupícolas e abrange parte da mancha de sobreiros mais extensa do Distrito da Guarda. A última espécie a regressar a este local foi a cegonha preta. Na reserva encontrará atividades como o Birdwatching e passeios pedestres (dentro de trilhos, rotas e percursos).
Embora grande parte da região esteja rendida às espécies nativas, ainda há muita cultura e história para os viajantes desfrutarem no Vale do Côa. Aqui poderá saborear o vinho das mais deliciosas vinhas que o Douro estimula. Nesta região irá saborear dos melhores azeites, das melhores amêndoas, ou até o melhor borrego.
De alguma forma, numa região repleta de pessoas, uma faixa de terra emergiu como um santuário para a flora e fauna mais resilientes de Portugal.