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Home»Património Edificado»Mosteiro de Alcobaça: Uma Jornada pelo Esplendor do Passado
Património Edificado

Mosteiro de Alcobaça: Uma Jornada pelo Esplendor do Passado

By António Almeida10 Janeiro, 2024Updated:11 Janeiro, 202411 Mins Read
Mosteiro de Alcobaça
Mosteiro de Alcobaça
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Portugal é abençoado por uma rica herança cultural, e entre as joias arquitetónicas que adornam a nação, o Mosteiro de Alcobaça destaca-se como uma pérola de significado histórico e artístico.

Localizado na pitoresca cidade de Alcobaça, este mosteiro medieval é uma obra-prima que testemunha séculos de história, cultura e devoção.

Origens e Fundação

A Abadia de Santa Maria de Alcobaça constituiu uma das mais importantes e de mais amplo significado casas cistercienses da Península Ibérica no emergente Reino de Portugal. Fundada por D. Afonso Henriques em 1153, o monarca concede a Bernardo de Claraval a “Carta de Couto “, atribuindo à Ordem de Cister um Território de cerca de 44 mil hectares cujos limites iam da Serra dos Candeeiros até à costa marítima, avançando para Norte até às cercanias de Leiria e para Sul até às de Óbidos. Este imenso território quase ermo enquadrava-se claramente na vocação agrícola e povoadora dos cistercienses, que procuravam locais isolados, ricos em água e  solos férteis. 

Mosteiro De Alcobaca 18
Escultura alegórica do Papa Alexandre III e de S. Bernardo de Claraval coroando D. Afonso Henriques

Porém, esta motivação não esgota, certamente, as razões para tão vasta doação: importa referir o relevante papel político de Bernardo de Claraval, uma das figuras mais marcantes da Europa do século XII. Reflexo deste facto, terá sido a outorga por Afonso I de Portugal, então ainda não reconhecido por Roma como rei, da Carta de Couto, diretamente a Bernardo de Claraval: tratava-se de conquistar para a sua causa a influência de uma personagem crucial junto da Cúria Romana. Sendo assim, a independência de Portugal está intrinsecamente ligada à implementação do Mosteiro de Alcobaça. Para os cistercienses, a constituição deste vastíssimo domínio consolidou em definitivo a sua posição na Península Ibérica.

A construção deste monumento percorreu vários séculos da nossa história testemunhando os seus períodos mais áureos. O plano arquitetónico assenta sobre as características da casa mãe Claraval e obedece à filosofia de austeridade e simplicidade defendida por São Bernardo. As obras iniciaram-se em 1178, começando pela Igreja que viria a ser a maior abacial gótica existente em Portugal. Em paralelo, constroem-se as Alas monacais.  No século XIII, edificam-se parte das dependências medievais como a Sala do Capítulo, Dormitório, Sala dos Monges e o Refeitório.

Em 1308, por ordem de D. Dinis, ergue-se um claustro, o maior da primeira dinastia portuguesa.

Ainda no século XIV, foram depositados no Panteão Régio os túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro, exemplares únicos da escultura tumular gótica existente no nosso país. 

No século XVI, durante o reinado de D. Manuel, a Ordem de Cister detém grande poderio económico. Empreende-se um conjunto de obras impulsionadas pelo rei, das quais salientamos a Livraria, a Nova Sacristia, o Sobreclaustro, a Sala dos Reis e o Palácio Abacial.

No século XVII, as obras incidiram sobre as Alas norte e sul da Igreja, originando  a nova portaria do Palácio Abacial, a Sala das Conclusões, entre outras dependências em torno dos Claustros da Portaria e da Hospedaria. A nascente ergueu-se o quinto claustro, denominado Claustro do Rachadouro, onde se encontravam as oficinas, o arquivo e a biblioteca.  

Na segunda metade do século XVII, o Barroco atinge o seu apogeu estético e artístico cujo testemunho no Mosteiro de Alcobaça enquadra a Capela Relicário, também denominada “O Espelho do Céu”, e o grupo escultórico “Morte de São Bernardo”. Período artisticamente rico, executam-se muitas esculturas em terracota, sendo pertinente falar de uma ou várias escolas de Barristas em Alcobaça.

Na segunda metade do século XVIII, edificou-se a Capela do Desterro e a Cozinha Nova, ambas inteiramente forradas de azulejo. Em consequência dos danos provocados pelo terramoto de 1755, procedeu-se à reconstrução da Sacristia Nova que era inteiramente Manuelina.

Por último, em 1770, ergueu-se a Sala dos Túmulos ou Panteão Régio de estilo neo-gótico, traçado por Guilherme Eldson.

Arquitetura Imponente

A grandiosidade arquitetónica do Mosteiro de Alcobaça é evidente logo à primeira vista. O estilo gótico, caracterizado por arcadas apontadas e detalhes elaborados, dá ao mosteiro uma presença majestosa. A fachada principal é adornada com esculturas detalhadas que retratam figuras religiosas e cenas bíblicas, proporcionando aos visitantes uma experiência visual única.

Mosteiro De Alcobaca 2
Fachada Principal

O claustro do mosteiro é outra peça impressionante de arquitetura. Com os seus arcos elegantes e colunas esculpidas, o claustro oferece um ambiente tranquilo para a contemplação espiritual. Os detalhes meticulosos presentes em cada elemento arquitetónico testemunham a habilidade e dedicação dos artesãos medievais que contribuíram para a construção deste monumento.

Claustro de D. Dinis

Centro nevrálgico de toda a abadia, passagem obrigatória de acesso a todas as dependências, era também, local de leitura e meditação.

Trata-se do único claustro medieval do Mosteiro de Alcobaça. Construído no reinado de D. Dinis, presumivelmente entre 1308 e 1311, foi concebido por Domingo Domingues e Mestre Diogo, sendo um dos mais belos do gótico português. 

Posteriormente, no reinado de D. Manuel I (1495-1521)  por ordem do Abade D. Jorge de Melo, foi-lhe acrescentado um piso superior (Sobreclaustro) com traça de João de Castilho.

Todo o Claustro é abobadado, com arcos torais de volta perfeita e ogivas. As abóbadas acompanham a assimetria da construção, sendo irregulares sobretudo a poente.

Importa referir, para melhor compreendermos a evolução da respectiva construção, o arcaísmo de alguns dos seus elementos, lado a lado com outros datáveis do século XIV.

Claustro de D. Dinis
Claustro de D. Dinis
Claustro de D. Dinis
Claustro de D. Dinis
Claustro de D. Dinis
Claustro de D. Dinis
Claustro de D. Dinis
Claustro de D. Dinis
Claustro de D. Dinis
Claustro de D. Dinis

O Conjunto Monumental do Mosteiro de Alcobaça

O conjunto monumental do Mosteiro de Alcobaça constitui um dos mais notáveis e bem conservados exemplos da arquitetura e filosofia espacial Cisterciense.

Alcobaça foi a última fundação em vida de São Bernardo e o primeiro monumento integralmente gótico do país. A Abadia foi fundada em 1153, por doação de D. Afonso Henriques a São Bernardo de Claraval. 

As obras de construção do atual edifício só se iniciaram por volta de 1178,  arrastando-se por várias décadas, em consonância com as dimensões absolutamente excecionais do monumento.

Em 1223, os religiosos ocuparam as instalações já construídas, seguindo um programa bipartido entre a oração e o trabalho manual – “Ora et Labora”.

O local escolhido, com elevado potencial agrícola, correspondia à política cisterciense de desenvolvimento agrário. Construiu-se uma levada (desvio da água proveniente do Rio Alcoa) e procedeu-se à captação de água potável:  sistema hidráulico que impressiona pelas soluções técnicas adotadas. Todo o território envolvente foi polvilhado de granjas, vinhas, pomares e pântanos reconvertidos em terrenos aráveis pela prática do arroteamento.

A Igreja

Consagrada em 1252, constitui-se como o primeiro exemplar gótico português. As suas grandes dimensões e a notável elegância das proporções, fazem desta abacial um exemplo acabado da dicotomia pedra/luz.

A sua edificação terá sido iniciada em 1178, não sendo cabalmente conhecida a data do respetivo terminus. Esta abacial adota a feição de cruz latina (símbolo do cristianismo), sendo composta pela nave principal e pelo transepto, onde se encontram os túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro.

A nave encontra-se dividida em três: a central e as laterais, que serviam apenas de corredor de passagem.

A construção iniciou-se pela cabeceira que é constituída por nove capelas radiantes de planta trapezoidal, ligadas entre si e ao transepto por um deambulatório, sendo cobertas por abóbadas de berço.

A iluminação difunde-se através da grande rosácea, dos dois vãos laterais da frontaria, pelas estreitas frestas das paredes laterais e ainda pelas rosáceas e janelões dos dois topos do transepto e pelos altos janelões da cabeceira.

Toda a abacial é sustentada por contrafortes que, na parede sul das naves e no topo do transepto sul, correspondem ao alinhamento dos arcos torais e formeiros.

O transepto norte tinha acesso directo para o Dormitório dos Monges. No topo oposto do transepto, sob uma grande rosácea e dois janelões, continua a existir a porta de acesso ao cemitério dos Monges, vulgarmente chamada “Porta dos Mortos”.

Mosteiro De Alcobaca 31
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A igreja, com 100 metros de comprimento, representa o maior espaço religioso gótico existente no país. A sua planta, em forma de cruz latina, contempla um Deambulatório que integra nove capelas radiantes. A verticalidade acentuada (mais de vinte metros de altura) confere-lhe uma beleza ímpar. De salientar a adoção de arcobotantes no exterior da capela-mor. O transepto deste templo acolhe atualmente os Túmulos de D. Pedro e D. Inês.

As dependências medievais constituídas pela Sala do Capítulo, o Refeitório, a Sala dos Monges e o Dormitório foram edificados nos séculos XIII e XIV. D. Dinis mandou construir o Claustro do Silêncio, o maior claustro medieval português.

Mosteiro De Alcobaca 3
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Com D. Manuel, o Mosteiro é alvo de um novo ímpeto: o monarca manda construir a Sacristia Nova, o primeiro piso do Claustro de D. Dinis (Sobreclaustro), um novo cadeiral para a Igreja e uma Livraria cuja localização não se conhece. Deste vasto programa de intervenções, apenas resta o Atrium da Sacristia e o Sobreclaustro.

A cozinha, totalmente revestida de azulejos, data de 1752. Destacamos a sua imponente chaminé que assenta em oito colunas de ferro forjado bem como o tanque com água corrente proveniente da “Levada”, testemunho da genialidade dos monges de Cister no que concerne à engenharia hidráulica.

A monumentalidade, beleza e despojamento desta abadia, lograram, por parte da Unesco, a classificação de Património da Humanidade em 1989.   

Capela Relicário

Integrada na Sacristia Nova e localizada no respetivo topo, esta Capela de suprema beleza e espiritualidade, “O Espelho do Céu “ segundo Reynaldo dos Santos, foi edificada entre 1669-1672, durante o abaciado de Frei Constantino de Sampaio.

A sua planta é octogonal e o interior integralmente revestido de talha dourada. Recebe iluminação proveniente de um lanternim aberto no teto copulado. Esta luz, coada e difusa, acentua ainda mais a ambiência feérica e teatral. O políptico barroco de talha dourada e policromada alberga 89 esculturas relicário, recolhidas em nichos distribuídos por seis níveis. 

Sete destas esculturas são de vulto perfeito. Destacamos, ao centro a Virgem, figura central de toda a imagética cisterciense, que neste caso acolhe quem entra na capela com um gesto de mãos de expressão serenamente convidativa. À sua direita foi colocada a figura de S. Bento e à sua esquerda a de S. Bernardo, envergando respetivamente o hábito beneditino e cisterciense.

A estrutura de talha dourada desta capela ostenta uma profusa e delicada decoração barroca coroada pelo tecto de pedra lavrada, pintada e policromada.

O Romance Trágico de Pedro e Inês

O Mosteiro de Alcobaça também é conhecido pela sua ligação a uma das histórias de amor mais trágicas da história portuguesa – o romance entre o príncipe Dom Pedro e Inês de Castro. Inês, dama de companhia da rainha, conquistou o coração do príncipe herdeiro, uma relação que foi fortemente contestada pela corte. O amor proibido culminou em tragédia quando Inês foi assassinada.

O túmulo de Pedro e Inês, localizado na Capela de São Pedro, é uma peça comovente de escultura funerária. Os túmulos apresentam as efígies recostadas dos amantes, com Pedro ajoelhado aos pés de Inês. Este memorial é um testemunho duradouro do poder do amor, mesmo em face da adversidade.

Túmulos de Pedro e Inês
Túmulos de Pedro e Inês
Túmulos de Pedro e Inês
Túmulos de Pedro e Inês
Túmulos de Pedro e Inês
Túmulos de Pedro e Inês
Túmulos de Pedro e Inês
Túmulos de Pedro e Inês
Túmulos de Pedro e Inês
Túmulos de Pedro e Inês
Túmulos de Pedro e Inês
Túmulos de Pedro e Inês

Mosteiro de Alcobaça – Património Mundial da UNESCO

Em 1989, o Mosteiro de Alcobaça foi classificado como Património Mundial da UNESCO, reconhecendo a sua importância cultural e histórica. Esta distinção destaca o compromisso de Portugal em preservar e partilhar este tesouro com as gerações futuras.

Visitar o Mosteiro de Alcobaça

Atualmente, o Mosteiro de Alcobaça é aberto ao público, permitindo que visitantes de todo o mundo testemunhem a grandiosidade desta obra-prima histórica. Os turistas podem explorar os claustros, a igreja e os túmulos de Pedro e Inês, absorvendo a riqueza da herança cultural que o mosteiro representa.

Em conclusão, o Mosteiro de Alcobaça é mais do que uma estrutura arquitetónica imponente; é um testemunho vivo da história, da arte e das emoções humanas. Ao preservar este património, Portugal assegura que as gerações futuras possam continuar a apreciar e aprender com a riqueza cultural que o Mosteiro de Alcobaça oferece.

Fontes da Informação/Imagens

Mosteiro de Alcobaça
Mosteiro
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