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Home»Personalidades»Raimundo António de Bulhão Pato
Personalidades

Raimundo António de Bulhão Pato

By António Almeida12 Janeiro, 20247 Mins Read
Bulhão Pato Por Alberto Carlos Lima Imagem Arquivo Municipal De Lisboa
Bulhão Pato Por Alberto Carlos Lima Imagem Arquivo Municipal De Lisboa
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Raimundo António de Bulhão Pato foi uma figura emblemática da literatura portuguesa do século XIX, conhecido tanto pela sua poesia quanto pela sua prosa. Nascido a 2 de Março de 1828, em Bilbau, Espanha, era filho de pais portugueses. A sua família regressou a Portugal quando ele era ainda uma criança, estabelecendo-se na cidade de Lisboa.

Foi monárquico, gastrónomo, memorialista, mas o seu sonho era entrar para a história como poeta. Eça de Queirós caricaturou-o numa personagem dos Maias, mas hoje é mais conhecido por uma receita de amêijoas preparada em sua homenagem.

Biografia de Raimundo António de Bulhão Pato

“Raymundo Antonio de Bulhão Pato nasceu em Bilbau, províncias vascongadas, a 3 de Março de 1829, de pais portugueses; chamaram se, seu pai Francisco António Pereira Pato Moniz (da casa fidalga dos Patos, de Alcochete) e Alvares de Bulhão, e sua mãe D. Maria da Piedade Brandy, dama de nobilíssimo coração e notável inteligência, vinda de família burguesa muito considerada. Quando a família veio para Lisboa foi estudar para o antigo e bem conceituado colégio do Quelhas e depois matriculou se na Escola Politécnica, mas ali não completou o curso. Em 1846 estabelecia relações de amizade íntima com o eminente historiador Alexandre Herculano, e de 1847 para 1848 teve hospedagem na casa em que Herculano habitava, contígua á real biblioteca da Ajuda, e onde pode estreitar relações com Almeida Garrett”.

Inocêncio XVIII, 158

Cresceu em Lisboa e recebeu uma educação formal que foi essencial para o desenvolvimento do seu amor pela literatura e escrita. Durante a sua juventude, foi profundamente influenciado pelos movimentos literários da época, especialmente pelo romantismo, que viria a ser uma presença marcante em muitas das suas obras.

Retrato De Bulhao Pato 1883 Columbano Bordalo Pinheiro
Retrato De Bulhao Pato 1883 Columbano Bordalo Pinheiro
Raimundo Antonio De Bulhao Pato Rafael Bordalo Pinheiro
Raimundo Antonio De Bulhao Pato Rafael Bordalo Pinheiro
Retrato De Bulhao Pato Por Columbano Bordalo Pinheiro 1908 Matriznet
Retrato De Bulhao Pato Por Columbano Bordalo Pinheiro 1908 Matriznet

Foi colaborador em diferentes publicações periódicas, nomeadamente: A Época (1848-1849) jornal fundado e dirigido por Andrade Corvo juntamente com Rebelo da Silva; Revista do Conservatório Real de Lisboa (1902), Pamphletos (1858), A illustração portugueza (1884-1890), A Semana de Lisboa (1893-1895), Revista Peninsular, Gazeta Literária do Porto (1868), Revista Universal Lisbonense, Branco e Negro (1896-1898) e Brasil-Portugal, Serões (1901-1911), Ilustração Luso-Brasileira (1856-1859) e na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865), Tiro civil (1895-1903) entre outros.

Esta faceta da sua carreira permitiu-lhe interagir com outros escritores e intelectuais, influenciando e sendo influenciado por eles.

Obras de Raimundo António de Bulhão Pato

A obra literária de Bulhão Pato é vasta e diversificada, abarcando desde poesia até prosa. Os seus trabalhos mais notáveis são frequentemente celebrados pela crítica e pelos leitores, refletindo o seu talento e a sua versatilidade como escritor.

Consta que a personagem Tomás de Alencar – poeta ultra-romântico, falso moralista, crítico das modernidades e desfasado do seu tempo – criado por Eça de Queiróz na sua obra “Os Maias“, se baseou em Bulhão Pato, e a suspeita alimentou os debates culturais da época, colocando ambos em confronto aberto.

Ainda hoje se discute se Eça estava ou não a caricaturá-lo, mas é certo que o Alencar querosiano teria muitas semelhanças com o poeta. O primeiro livro de poesia de Bulhão Pato foi publicado em 1850, mas a fama a que aspirava não se materializou. Apesar de ser visto por algumas personalidades da sua época como um importante autor, a sua inspiração no período romântico não convencia as gerações mais novas.

Publicou também memórias onde descreve o ambiente da época e os contactos que manteve com importantes figuras da sociedade e da cultura, documentos considerados como importantes legados às gerações seguintes.

Principais Trabalhos Literários e Poesia

A sua carreira literária começou cedo, com a publicação dos seus primeiros poemas ainda numa fase inicial da sua juventude. Bulhão Pato é talvez mais conhecido pela sua poesia, na qual expressa sentimentos profundos e uma grande sensibilidade.

Em “Sob os Ciprestes. Vida intima de homens illustres.”, Bulhão Pato, num tom intimista, evoca episódios da vida e da obra de várias personalidades políticas e literárias com quem conviveu: “Viveram nos teatros, nos bailes, nas reuniões íntimas, no jornal político e literário, na tribuna parlamentar e nas palestras académicas. Conheci-os no teatro e nos bailes; captivaram-me no trato íntimo; lidei com eles nos jornais; admirei-os lendo os seus versos e os seus romances; aplaudi-os assistindo à representação das suas comédias e dos seus dramas; arrebataram-me quando os ouvia na tribuna; e ilustraram-me quando os escutava nas academias.” Entre os retratados, figuram Almeida Garrett, Alexandre Herculano, José Estêvão, Lopes de Mendonça, Rebelo da Silva e Guilherme Braga.

Em 1850, publica o seu primeiro livro, Poesias de Raimundo António de Bulhão Pato; em 1862 aparece o segundo, Versos de Bulhão Pato, e, em 1866, o poema Paquita. Publicaram-se depois, em 1867 as Canções da Tarde; em 1870 as Flôres agrestes; em 1871 as Paizagens, em prosa; em 1873 os Canticos e satyras; em 1881 o Mercador de Veneza; em 1879 Hamlet, traduções das tragédias de William Shakespeare e do Ruy Blas de Victor Hugo. Em 1881 seguindo-se outras publicações: Satyras, Canções e Idyllios; o Livro do Monte, em 1896.

Estes primeiros trabalhos revelaram um talento nato para a poesia e uma sensibilidade única para a linguagem e a métrica. Com o tempo, Bulhão Pato desenvolveu um estilo próprio, caracterizado pela expressão de emoções profundas e pela contemplação da natureza e da condição humana.

Além da sua produção poética, Bulhão Pato envolveu-se também em jornalismo e em crítica literária, colaborando com diversos periódicos da época.

A sua única incursão pelo teatro – Amor virgem numa pecadora: comédia num ato (1858) – foi bem-sucedida e viria a ser representada no Teatro Nacional D. Maria II.

Estilo Literário e Temas Recorrentes

O estilo de Bulhão Pato é caracterizado pela sua fluidez e riqueza descritiva. Ele tinha a capacidade de transformar observações cotidianas em reflexões filosóficas profundas, utilizando a natureza como um espelho para a alma humana. Os temas do amor, da natureza, da saudade e da contemplação da vida são recorrentes em sua obra, apresentados com uma linguagem poética que toca o coração e a mente.

Reconhecimento e Crítica Literária

A obra de Bulhão Pato foi amplamente reconhecida durante a sua vida e continua a ser celebrada. Os críticos literários frequentemente apontam a sua habilidade em fundir elementos do romantismo com uma visão pessoal e introspetiva. As suas contribuições para a literatura portuguesa são inegáveis, e ele é considerado uma das figuras-chave no panorama literário do século XIX em Portugal.

Relação com as Receitas à Bulhão Pato

Raimundo António de Bulhão Pato, além de ser uma figura proeminente na literatura portuguesa, também deixou a sua marca no mundo culinário, mais especificamente através das famosas receitas que levam o seu nome. A ligação entre Bulhão Pato e estas receitas é tão forte que muitos o associam imediatamente à gastronomia portuguesa.

Origem da Associação do seu Nome com as Receitas

Curiosamente, a associação de Bulhão Pato com a culinária não se deve a ele ter sido um chef ou ter escrito sobre comida, mas sim à sua amizade com um famoso cozinheiro da época, João da Mata. Foi Mata quem criou a receita de “Amêijoas à Bulhão Pato”, nomeando-a em homenagem ao seu amigo poeta. A receita ganhou popularidade rapidamente, tornando-se um ícone da cozinha portuguesa e perpetuando o seu nome de uma forma inesperada.

Exemplos de Pratos Famosos à Bulhão Pato

As “Amêijoas à Bulhão Pato” são o exemplo mais conhecido de uma receita com este nome. Este prato simples, mas delicioso, combina amêijoas frescas cozidas em azeite, alho, coentros e um toque de limão, criando um sabor que encapsula a essência da cozinha portuguesa. A simplicidade e o sabor vibrante deste prato refletem a sua paixão pela natureza e pela vida, elementos frequentemente presentes na sua obra literária.

Impacto Cultural e Culinário

A contribuição para a cultura portuguesa estende-se assim para além das letras, entrando no domínio da gastronomia. A presença do seu nome em uma das receitas mais icônicas de Portugal serve como um testemunho do seu impacto duradouro e da sua importância não só como escritor, mas também como figura cultural. Hoje, “à Bulhão Pato” é sinónimo de uma certa tradição culinária portuguesa, celebrando tanto a simplicidade quanto a riqueza dos sabores da terra.

Fontes da Informação/Imagens

Porto Editora – Sob os ciprestes na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-01-12 11:42:50]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$sob-os-ciprestes
Bulhão Pato, um poeta e um prato de amêijoas
Wikipédia
Gastronomia Literatura Portuguesa Poesia Romantismo
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